Famoso activista da Nigéria condenado a 25 anos de prisão por blasfémia.
Muhammad Bala, 37 anos, presidente da Associação Humanista da Nigéria, foi preso em Abril de 2020 por escrever mensagens na rede social Facebook a criticar o Islão e o seu profeta. O tribunal decidiu que as mensagens poderiam minar a ordem pública no Norte muçulmano conservador da Nigéria, onde a lei islâmica Sharia (um conjunto de normas que deriva de orientações do Corão) é aplicada, a par da lei ordinária. O activista confessou-se culpado em tribunal de todas as 18 acusações.
O seu advogado, James Ibor, opôs-se ao seu pedido de desculpas e perguntou ao juiz se podia falar com o seu cliente, um pedido que lhe foi concedido. "Queria ter a certeza de que ele não estava sob qualquer influência ou intimidação”, disse James Ibor, à agência AFP. Mas quando o julgamento foi reiniciado, Muhammad Bala confessou novamente a culpa e pediu "misericórdia e clemência” ao tribunal. "O objectivo das minhas publicações não era o de causar violência”, disse.
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