
Ao falar à imprensa no acto de posse, conferida pelo ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, o presidente do Conselho de Administração do BDA reconheceu que o processo burocrático tem estado a inquietar os produtores e anunciou um trabalho para a resolução rápida desses constrangimentos, com base na criação de mecanismos a adoptar para que diminua o tempo da concessão de crédito.
O Conselho de Administração e a Comissão Executiva do BDA vão acompanhar e trabalhar na rápida resolução da questão do atraso na concessão de crédito, declarou João Quintas, que já exerceu funções de liderança nos bancos de Poupança e Crédito (BPC) e Económico BE).
Outro desafio, realçou, é o de zelar pelas estratégias adoptadas e executadas pelo Governo, através do Ministério da Economia e Planeamento e quadros do BDA, com a aposta a incidir sobre a provisão dos fundos necessários para impulsionar a produção nacional.
O ministro da Economia e Planeamento solicitou que a nova Administração encare a provisão de fundos como bens públicos necessários para a acção dos operadores económicos, apontando o Programa de Apoio ao Crédito (PAC) como um dos produtos financeiros mais procurados pelos produtores nacionais.
Mário Caetano João reconheceu, também, que há toda a necessidade de se reforçar a fiscalização dos projectos, por haver processos de financiamento, particularmente do PAC, que, depois dos desembolsos, devem agora mostrar os resultados e o seu verdadeiro impacto no desenvolvimento nacional.
"Convido o PCA do BDA, em conjunto com a sua equipa, a visitarem os projectos existentes e financiados a nível do país, ver os principais resultados e o que realmente geraram até à presente data", sublinhou Mário Caetano João, considerando ser necessário consolidar também as outras actividades, já que a instituição financiou vários produtos.
"Precisamos de mais foco e aceleração naquilo que efectivamente precisamos, que são os bens de amplo consumo", defendeu Mário Caetano João, dizendo que o BDA vai trabalhar para o Planagrão, garantindo mais a aproximação das operações da banca de desenvolvimento, no sentido de melhorar os instrumentos e produtos financeiros.
"Temos o Planagrão, que deveria trazer cerca de seis milhões de toneladas de grão, no final do ciclo, isto é, em 2027. Logo, existem números, o BDA fará a programação para atingir as metas, porque o programa permite parcerias como a banca comercial, Investimento Directo Estrangeiro e Microcrédito", frisou.
"A economia tem várias dinâmicas. Uns estão a entrar para o processo de produção, outros já são clientes do BDA, existem ainda outros que poderiam efectivamente tornar-se em grandes parceiros. Logo, a instituição pode usar os pequenos produtores e seus clientes para serem incubados nessas grandes empresas e parceiros da instituição", acrescentou o ministro.
Ainda ontem, tomaram também posse o director nacional para a Economia e Fomento Empresarial, Manuel Quilengue, o consultor do gabinete do ministro da Economia e Planeamento, Nédio dos Santos e o chefe de Departamento de Recursos Humanos, Administração e Finanças do Instituto Nacional de Estatística, Aleixo Leitão.
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